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Introdução: Articuladores/as de prevenção são lideranças cisgêneros e/ou transexuais que atuam em coletivos culturais nas periferias de São Paulo (SP) com a premissa de ampliar o acesso às estratégias de prevenção combinada ao vírus da imunodeficiência humana junto a seus pares. Objetivo: Relatar a experiência do processo de trabalho de articuladores/as de prevenção realizado pela Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids da cidade de São Paulo. Métodos: Trata-se de um relato de experiência com o propósito de produzir uma descrição do processo de trabalho de articuladores/as de prevenção, permitindo, assim, uma análise dos/as autores/as que participaram da construção dessa estratégia. Resultados: O trabalho com articuladores/ as de prevenção tem sido realizado desde o final de 2018 por meio de testagem rápida extramuro de vírus da imunodeficiência humana, indo a campo para oferecer o teste de vírus da imunodeficiência humana para ampliar o cardápio de prevenção de jovens, negros, LGBTQIA+ de periferias em relação ao acesso a profilaxia pós-exposição, profilaxia pré-exposição, autoteste de vírus da imunodeficiência humana e tratamento para infecções sexualmente transmissíveis e vírus da imunodeficiência humana. Ações de testagem realizadas nos saraus, slams, fluxos de funk, comunidade ballroom, rolêzinhos permitiram produzir uma estratégia de prevenção demandada por esses grupos. Quantitativamente, mais de 25 testagens extramuros foram realizadas de 2018 a 2020, contabilizando 4.058 testes com positividade de 1,9% em relação a 0,4% da população geral. Ainda, mais de 0 agentes de prevenção foram cadastrados nos anos supracitados, além de 8 articuladores/as em campo. Conclusão: A Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids construiu uma estratégia exitosa de articulação com jovens, negros, LGBTQIA+ de periferia, congregando uma resposta social e programática da epidemia de vírus da imunodeficiência humana alinhada com outros espaços de produção da vida dessas populações. |