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Introdução Os equipamentos de proteção individual (EPI) fazem parte da rotina de trabalho dos profissionais de saúde. Durante a pandemia da Covid-19, a utilização foi intensificada e prolongada. A cefaleia é observada com frequência em profissionais de saúde pelo estresse e sobrecarga laboral. No presente estudo, exploramos a cefaleia por pressão externa associada ao uso prolongado de EPI. Objetivo Investigar a associação de cefaleia ao uso prolongado de EPI em profissionais da saúde durante a pandemia da Covid-19. Material e Métodos Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Utilizamos as bases de dados da PubMed e Web of Science. Os descritores de busca foram: “Headache”, “Mask N95”, “Face shield”, “Protective goggles” e “Personal protective equipament”. Como critério de inclusão, resgatamos somente artigos originais completos. A análise foi realizada por 2 pesquisadoras. Resultados e Discussões Inicialmente, foram resgatados 38 estudos, sendo 28 excluídos por não atenderem aos critérios de elegibilidade, sendo o produto 10 artigos. Foi observado que o uso ininterrupto do EPI por 4 horas pode causar eventos adversos. A cefaleia foi o evento presente em todos os estudos (n=10/10). Um deles, atribuiu a cefaleia pré-existente como fator que contribui para intensificar a cefaleia por pressão. Outros eventos foram relatados como: marcas e vermelhidão na pele por pressão do EPI; concentração reduzida; falta de ar. A máscara N-95 foi o EPI mais utilizado (n=10/10), seguido dos óculos de proteção (n=6/10) e face shield (n=3/10). A cefaleia foi observada com frequência mulheres e com episódios variáveis de até 6 eventos por mês. As regiões frontal e bi-temporal foram apontadas como locais de dor, que coincidem com as amarrações do EPI. Conclusões A cefaleia por pressão externa tem relação com o uso de EPI, o material de ajuste dos equipamentos é desconfortável, somado a rotina de estresse e longas jornadas de trabalho. |