Popis: |
A pandemia causada pela COVID-19 vem provocando vários impactos no mercado financeiro e empresarial no Brasil e no mundo. O objetivo deste artigo é verificar os índices de solvência de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas do Brasil listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), no início da pandemia. Neste estudo, calcularam-se os Modelos de Solvência de Elizabetsky (1976), Kanitz (1978), Altman, Baidya e Dias (1979), Kasznar (1986) e Sanvicente e Minardi (1998), no intuito de verificar se as empresas se encontram capazes de saldarem as suas dívidas atuais e de longo prazo, avaliando se, ao longo dos anos de 2015 a 2019 as IES privadas vêm cumprindo com suas obrigações correntes e analisar a situação de solvência nos primeiros trimestres de 2020. Analisaram-se três empresas (ANIMA, SER EDUCA e YDUQS) das cinco que compõe o Setor de Educação na B3, excluindo-se duas (BAHEMA e COGNA) por falta de informações contábeis necessárias. Nos resultados, as empresas se mostraram solventes na maior parte dos períodos em 4 modelos. A SER foi a empresa que apresentou mais períodos com solvência e a ÂNIMA a que apresentou mais períodos com insolvência. Os resultados indicam pouca discrepância de resultados dos modelos comparando as três empresas analisadas. Ademais, há um indicativo de que os modelos de Altman, Baidya e Dias (1979) e Sanvicente e Minardi (1998) são mais criteriosos para considerar a empresa com solvência. Este estudo contribuiu para apreciação simples e prévia do impacto da crise da COVID-19 na solvência das empresas do setor de educação privada, evidenciando algumas tendências. Ressalta-se a necessidade de criação de um modelo específico para o setor de serviços. |