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O bullying e o preconceito são formas de violência escolar relacionadas, que podem ter objetivos distintos. Neste artigo, verifica-se se, em escolas regulares, alunos considerados em situação de inclusão são mais vítimas do que os demais e se há relação entre a discriminação desses alunos e a prática do bullying e do preconceito. Coletaram-se os dados em 2018, mediante questionário aplicado a 240 alunos do 9.º ano do ensino fundamental de oito escolas da região noroeste do Paraná e entrevista com 23 professores, que, nesse período, ministravam as disciplinas de Arte, de Educação Física e de Português nessas escolas. Realizaram-se o cálculo do coeficiente de Pearson (r) e as análises qualitativas fundamentadas pela Teoria Crítica da Sociedade. Os alunos considerados em situação de inclusão não são mais vítimas de bullying do que os demais; isso, porém, não elimina a necessidade de resistência à escola que segrega, de políticas públicas para a educação inclusiva e de ações de combate ao preconceito e ao bullying pela via da autorreflexão. Os dados indicam preconceito contra alunos afeminados tanto por parte de melhores nas disciplinas de sala de aula como por melhores em atividades físicas, explicitando o estereótipo machista de feminino e de masculino. |