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A Medicina Nuclear é crucial para o cuidado de pacientes com doenças, especialmente oncológicas e cardiovasculares. No entanto, o acesso a ela é desigual, devido à falta de equipamentos e unidades produtoras e fornecedoras de insumos. As legislações atuais não abordam adequadamente esses aspectos, e o domínio do capital externo é uma preocupação, pois pode levar ao sucateamento do parque atual. A produção nacional de radiofármacos tem sofrido inúmeros reveses, como cortes orçamentários, a abertura indiscriminada de mercado e o atraso na conclusão do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro. Foram analisados dados públicos de 2015 a 2021 para avaliar o acesso à Medicina Nuclear pelo SUS, incluindo o número de instalações, procedimentos, tarifas e balança comercial. Embora o Brasil tenha muitas instalações de Medicina Nuclear, sua distribuição geográfica é extremamente desigual. Fatores como custos de aquisição e manutenção de equipamentos e falta de pessoal qualificado são obstáculos reais à expansão da MN no Brasil. O país é financeiramente dependente de capital estrangeiro para essa área, o que limita a expansão da área de acordo com as diretrizes do SUS. Políticas sociais e econômicas são necessárias para minimizar as vulnerabilidades tecnológicas do SUS, promover a sustentabilidade do sistema e garantir o acesso universal e equânime aos serviços especializados de saúde. |