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A obra contemporânea é aberta. Um projeto infinito, espacial e temporalmente, amplamente difundido e escrito por múltiplos autores. Muitos teóricos consideram o que ficou conhecido como revolução da hipermídia um marco para a democratização da informação; os mais pessimistas chegam a vaticinar o fim do pensamento crítico e o desaparecimento do livro. No entanto, esta “revolução” não representa, de modo algum, uma ruptura completa do papel do leitor e do autor sobre o texto. Usando como fundamentos a obra de Michel Foucault, O que é um autor?, e a crítica homônima de Roger Chartier, este artigo tem como objetivo discutir e analisar o conceito de autoria enquanto uma construção política e social, com um olhar voltado para a teoria de longa duração histórica. |