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Baleias jubarte Megaptera novaenangliae são animais cosmopolitas e que se encontra por todo oceano Atlântico. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a distribuição espacial dos avistamentos de M. novaeangliae na Zona Costeira do Brasil para descrever possíveis padrões espaciais e extensão de ocorrência da espécie. Foram utilizados registros de avistamentos da espécie adquiridos na plataforma de dados abertos Sistema de Monitoramento de Mamíferos Marinhos – SIMMAM. Os dados passaram por um processo de filtragem no qual foram excluídas informações duplicadas, dados com identificação visual imprecisa da espécie, localizações imprecisas, avistamentos com distância superior a 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e dados bloqueados. Para analisar os padrões de distribuição dos avistamentos, foram aplicadas as funções do Vizinho Mais Próximo (teste G), função Bivariada de Ripley (teste K) e função dos espaços vazios (teste F). As análises foram desenvolvidas com auxílio do software Rstudio versão 4.1.1. Os dados também foram submetidos ao algoritmo estimador de densidade de Kernel com aplicação da função quártica em um raio de 3° com classificação por quartis. Um total de 2889 avistamentos foram processados, os modelos espaciais (funções G, K e F) indicaram a consistência de agrupamentos e forte correlação entre os pontos de avistamentos. O algoritmo de densidade de Kernel mostrou que as baleias jubartes ocorrem desde o Amapá até Santa Catarina, mas com maiores concentrações na região do Banco de Abrolhos e na plataforma continental nordeste-leste, essas agregações são relacionadas com áreas de reprodução e engorda de filhotes, enquanto as demais regiões menos concentradas provavelmente correspondem as rotas migratórias da espécie. Este estudo apresenta uma análise descritiva de padrões de distribuição de M.novaeangliae para a costa brasileira e visa contribuir com o conhecimento acerca da ecologia espacial da espécie. |
