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Em um cenário de escassez de água e agravante deterioração da sua qualidade, o reuso de esgoto tratado é uma alternativa promissora para a agricultura. Diante disto, esta pesquisa teve como objetivo realizar a caracterização de solo ácido, usado na produção de mudas de Ipê roxo (Tabebuia avellanedae), irrigadas com esgoto sanitário tratado. O cultivo foi feito em vasos, distribuídos de forma casualizada, contendo 1 kg de solo. Na irrigação das mudas foram usados dois tipos de águas de irrigação, água de abastecimento público e esgoto sanitário tratado. Os tratamentos adotados consistiram na avaliação de três diferentes capacidades de pote (CP) (30, 50 e 70%) para cada tipo de água de irrigação. O solo usado no cultivo foi caracterizado quanto ao pH, níveis de potássio, cálcio, magnésio, sódio, alumínio, fósforo, amônia, nitrato e carbono orgânico total (COT). A caracterização das mudas foi feita segundo o número de sementes germinadas e de folhas, altura e massa seca da raiz e da parte aérea. Entre as diferentes CP avaliadas não foi observada diferença numérica significativa para os nutrientes presentes no solo antes e após o cultivo. O alumínio foi o elemento que apresentou maiores concentrações no solo. Independentemente do tipo de água de irrigação usada, o pH do solo se manteve ácido durante todo o experimento. O desenvolvimento de mudas foi observado apenas para os tratamentos que utilizaram CP 70%. O tratamento com a água residuária a 70% da capacidade de pote foi o que obteve melhores resultados para a massa seca da raiz e parte aérea. O volume de água empregado se mostrou determinante na produtividade das mudas de Ipê roxo. O uso do esgoto tratado para irrigação das mudas foi considerado satisfatório já que apresentou resultados equivalentes aos obtidos com água de abastecimento. |