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INTRODUÇÃO: As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina (Resolução CNE nº 314/2014) preconizam a formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética do graduado, visando a concretizar a comunicação com pessoas, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais com empatia, sensibilidade e interesse. Por sua vez, a Conferência Internacional de Ensino de Comunicação em Medicina, realizada em Oxford, em 1996, recomenda, entre itens básicos necessários à formação (graduação) e ao desenvolvimento (educação continuada) do profissional médico, que o ensino deverá orientar e ajudar o estudante no esforço da comunicação centrada no paciente; que o ensino e a avaliação da comunicação deverão proporcionar o desenvolvimento pessoal e profissional; e que as habilidades estudadas deverão ser avaliadas diretamente na prática. A disciplina “Habilidades em Comunicação” busca desenvolver a relação entre alunos e pacientes drogaditos por meio de metodologias ativas de ensino e aprendizagem, com componente reflexivo, a fim de superar as dificuldades de comunicação. OBJETIVO: Analisar processo de aprendizagem de estudantes do curso de medicina em atividades práticas de comunicação com internos e egressos de uma comunidade terapêutica. MÉTODOS: Relato das experiências de 56 alunos do quarto período do curso de medicina da UniEVANGÉLICA, frente ao desenvolvimento de três intervenções: discussão de filme sobre drogadição, visita a uma comunidade terapêutica e entrevistas com usuários e ex-usuários de substâncias psicoativas e seus familiares. Utilizou-se metodologia qualitativa, por meio da técnica hermenêutico-dialética proposta por Habermas e objetivada por Minayo (2014), para análise dos relatos das vivências dos estudantes nas três atividades propostas. RESULTADOS: Foram evidenciados impactos das três estratégias de ensino-aprendizagem na reflexão e, consequentemente, desconstrução e reconstrução de valores do discente frente à condição da pessoa em drogadição. CONCLUSÃO: Resultados reforçam relevância do ensino de habilidades em comunicação na educação médica e a utilização de práticas reflexivas que contribuem com o desenvolvimento do cuidado integral e empático à pessoa, à família e à comunidade. |