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Ocupando uma grande parte da região Nordeste, o bioma Caatinga é constituído por uma flora rica em diversos compostos bioativos que são utilizados na indústria terapêutica para o tratamento de inúmeras doenças causadas por bactérias resistentes a antibióticos, justificando assim a busca por novos compostos. Como exemplo, pode-se citar o cajueiro (Anacardium occidentale L.), uma das plantas símbolo da Caatinga. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana da película da castanha de caju contra microrganismos isolados. Para isso, foi utilizado três diferentes extratos da película da semente de caju: extrato aquoso, etanólico e hexânico, realizados em triplicadas nas concentrações de 0,6 g/mL, 0,8 g/mL, 1,0 g/mL. Os microrganismos testados foram duas cepas Gram-negativas: Escherichia coli (ATCC 25922) e Serratia marcescens (Coleção do LEMBiotech) e duas cepas Gram-positivas: Sthapylococcus aureus (ATCC 700698) e Sthapylococcus epidermidis (ATCC 300698). Para o teste de sensibilidade ao extrato, empregou-se o método de difusão em disco e inóculo bacteriano, no qual foi adicionado em cada disco 10 µL dos extratos em teste, 10 µL do antibiótico Amoxilina 50 mg/L, e 10 µL de DMSO. As placas foram incubadas a 37 ºC por 24h e posteriormente, mensurados os diâmetros dos halos de concentração. Foi verificado uma maior eficiência contra as cepas Gram-positivas que apresentaram halos de inibição entre 6 mm e 9 mm, variando de acordo com a concentração de extrato. Além disso, os melhores resultados observados para os extratos afirmaram sua capacidade de emprego como antibacteriano. |