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Objetivo: Avaliar o impacto de reações adversas no desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente. Metodologia: Estudo observacional analítico do tipo coorte retrospectivo dos casos de TBMR cadastrados no SITE-TB, que realizaram tratamento no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Resultados: Foram avaliados 152 pacientes com uma média de idade de 40,2 anos, predominando o sexo masculino (65,1%). A maioria dos pacientes se concentra na região metropolitana de Belém (73,7%), com predomínio de desempregados (25%). Parcela significativa apresentou resistência secundária (88,2%). Em relação ao consumo de drogas, o uso do álcool foi mais frequente (20,4%), seguido por drogas ilícitas (16,5%) e tabaco (5,3%). A presença de comorbidades foi de 27,6%, sendo que o Diabetes Mellitus foi a mais comum (23%). Metade dos pacientes do estudo apresentou reações adversas e as mais frequentes foram artralgia (31,6%), epigastralgia (15,1%) e neuropatia periférica (5,3%). O desfecho clinico favorável ocorreu em 77% dos casos. Dentre os pacientes que apresentavam comorbidade, a maioria apresentou desfecho favorável (88,1%). Assim como, os que apresentaram efeitos adversos também tiveram mais desfecho favorável (79,0%), entretanto, esse dado não obteve significância estatística (p=0,563). Os usuários de drogas ilícitas e tabaco apresentaram maior frequência de desfecho desfavorável (56,0% e 62,5%, respectivamente). Conclusão: A tuberculose multirresistente se mantém como um importante problema de saúde pública, com frequência elevada, principalmente entre a população economicamente ativa. |