Anticoncepcional de emergência e infecções sexualmente transmissíveis: banalização e riscos

Autor: Maria Rafaella Carvalho de Jesus, Maria de Lara Lucilla de Carvalho, Cleiton Mateus Santos Siqueira, Anne Hellen Brito Leite, Amanda Almeida Mendonça, Dayanne Cristina Barreto da Paixao, Flávia Luryane Ferreira Sandes, Lorena Santos Lima, Paula Rosane Sousa Andrade, Lígia Mara Dolce de Lemos
Rok vydání: 2021
Zdroj: Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
DOI: 10.5327/dst-2177-8264-202133p300
Popis: Introdução: Contraceptivo emergencial é um método para prevenir gravidez, mas não as infecções sexualmente transmissíveis e, embora exista recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de que o uso deva ser apenas com prescrição médica, a prática da automedicação, com destaque para a população jovem, é significativa. Objetivo: Identificar na literatura o conhecimento e a conduta de jovens acerca do uso de anticoncepcional pós-coito e o possível relaxamento de medidas preventivas às infecções sexualmente transmissíveis. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde e Literatura Internacional em Ciências da Saúde entre março e abril de 2021. A busca foi realizada com os descritores agrupados em dois e três, utilizando o operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos relacionados aos objetivos propostos, publicados entre 2011 e 2021, nos idiomas inglês, espanhol e português. A busca resultou em 45 publicações. Após leitura e seleção por três autores independentes, retiraram-se duplicidades, resultando em cinco artigos selecionados. Resultados: Os estudos corroboram que o conhecimento, entre os jovens, sobre o contraceptivo de emergência é insatisfatório em vários aspectos, como a eficácia, os efeitos adversos e o intervalo de uso. Muitos utilizam o medicamento orientados por colegas ou pela internet. A utilização descontrolada da pílula pós-coito é resultante do sexo desprotegido, do fácil acesso à compra nas farmácias e da dificuldade de aquisição nas unidades de saúde. Jovens que fazem uso da pílula desconsideram riscos de adquirir doenças mediante exposição, pois a preocupação principal é a gravidez indesejada. Conclusão: O conhecimento deficiente acerca da contracepção de emergência leva ao uso descontrolado do anticoncepcional pós-coito e a comportamentos que predispõem a riscos de adquirir infecções sexualmente transmissíveis.
Databáze: OpenAIRE