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Introdução: Câncer é uma enfermidade multicausal que cursa com alterações metabólicas e desnutrição nos indivíduos acometidos. Para minimizar o impacto nutricional da doença e das terapias anticâncer, uma assistência nutricional adequada às necessidades do paciente e ajustada em macro e micronutrientes é indispensável. Objetivo: Estimar a prevalência de inadequação na ingestão de vitamina D, cálcio e zinco em indivíduos com câncer. Métodos: Estudo original, observacional, transversal e prospectivo, incluindo adultos e idosos com câncer, atendidos em hospital universitário em Natal/RN, Brasil. Foi aplicada Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente e coletados dados de consumo de macro e micronutrientes através de recordatórios 24h. A análise química foi feita no software DietSmart®, a prevalência de inadequação dos micronutrientes foi avaliada utilizando a Necessidade Média Estimada como ponto de corte, e o teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificar a normalidade da distribuição dos dados. Resultados: Dos 69 pacientes incluídos, 56% eram adultos e 58% do sexo feminino. A média de ingestão energética foi de 1654 Kcal, sendo 57% de carboidratos, 20% proteínas e 23% lipídeos. A prevalência de inadequação de vitamina D foi elevada, com mais de 50% na amostra total; a de cálcio alcançou valores maiores que 75%; para o zinco, a inadequação foi de 35,94% nas mulheres e 52,39% nos homens. Conclusão: A população avaliada apresentou alta prevalência de inadequação dos nutrientes avaliados. Os resultados obtidos e a relevância nutricional destes sugerem a importância de traçar estratégias nutricionais para otimizar o suprimento destes micronutrientes em indivíduos com câncer. |