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O processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa para surdos sempre foi alvo de profundas discussões. Com a oficialização da pandemia da COVID-19, em março de 2020, inúmeras transformações socioeconômicas e educacionais aconteceram no Brasil. Em decorrência do rápido contágio da doença, um distanciamento social foi imposto, provocando a mudança do ensino presencial para a modalidade remota. Este estudo objetivou analisar os discursos de discentes surdos do ensino superior sobre o ensino de Língua Portuguesa como Segunda Língua e as práticas docentes utilizadas nesse processo, utilizando os aportes teórico-metodológicos da Linguística Sistêmico-Funcional, desenvolvida por Halliday (1994), das legislações referentes à Educação de Surdos e das reflexões de Barbara e Macêdo (2010), Pereira (2014) e Fernandes (2008). A coleta de dados se deu pela análise das respostas de graduandos surdos do Brasil a um questionário bilíngue, encaminhado virtualmente. Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada sem o auxílio de softwares específicos do campo linguístico, sob a natureza quantiqualitativa, considerando a metafunção ideacional da teoria-base do estudo, reconhecendo três representações distintas sobre o ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa como Segunda Língua para surdos. Concluiu-se que as práticas didático-metodológicas realizadas na educação de surdos continuaram a desconsiderar cultura, identidades e especificidades linguísticas desses sujeitos. |
