COMPLICAÇÕES POR COVID EM PACIENTES IDOSOS COM TRANSPLANTE RENAL

Autor: Natan Augusto de Almeida Santana, Henrique Costa Diniz, Celina Kalena Albuquerque Amorim Ayres, Vítor Rezende Albernaz, Ana Luiza Machado Ribeiro Pimentel, Sérgio Gabriell de Oliveira Moura, Giovanna Siqueira Bocchi, Bruna Costa Alves
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: REVISTA FOCO. 16:e1656
ISSN: 1981-223X
DOI: 10.54751/revistafoco.v16n4-064
Popis: INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 levantou diversas preocupações em toda a população mundial. Uma das mais frequentes é a faixa etária mais atingida e os quesitos necessários para uma infecção aguda e letal pelo SARs-Cov-2. Apesar de todos os cuidados necessários para a prevenção do vírus há a aflição não só pelo contágio da doença mas também pelas possíveis sequelas adquiridas. Importantes questões levantadas a respeito do transplantado renal idoso indagam sobre as dificuldades divergentes para o combate da doença além dos danos permanentes ou crônicos futuros. OBJETIVOS: Descrever as complicações e evolução de pacientes idosos com transplante renal após a infecção por COVID. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática da literatura, do último ano, na base de dados PubMed, com os descritores: “kidney transplantation AND COVID complications”. Foram encontrados 13 artigos, com os filtros “free full text; 1 year; humans”. RESULTADOS: Diante dos estudos revisados, observou-se uma limitação dos dados sobre COVID-19 em receptores idosos de transplante renal. Os artigos entraram em consenso sobre a importância da análise dos receptores de transplante de rins, como um apresentador do alto risco de infecção por SARS-CoV-2 e desfechos ruins. Os artigos trouxeram indivíduos com idade superior a 65 anos ou com doenças associadas, como doença cardíaca, respiratória, renal ou hepática, diabetes mellitus e imunossupressão, como os mais afetados pela síndrome aguda da angústia respiratória, além disso, um artigo defende que os receptores de transplante de órgão sólidos com COVID-19 apresentam maior risco de complicações de infecções virais respiratórias, em especial a influenza. Outro artigo apontou, para os pacientes que realizam diálise e os transplantados renais, como grupo de maior risco para a ocorrência de consequências letais. Três dos artigos considerados eletivos, que analisaram a faixa etária idosa, relataram sintomas, como febre, fadiga, tosse seca, dispneia, náusea, vômito e diarreia, como mais graves em pacientes transplantados do que em pacientes que não realizaram transplante renal. CONCLUSÃO: Ficou evidente que é necessário investir mais recursos e pesquisas nos casos de transplante renal e SARS-CoV-2 combinados, especialmente em pacientes idosos. Isso decorre de vários motivos, desde a inicial dificuldade de diagnóstico - receptores de transplante renal com Covid-19 tiveram menos febre como sintoma inicial do que o resto da população - ao desenvolvimento agressivo e rápido da SARS-CoV-2 nesses pacientes, o qual pode ser, ainda, agravado pela presença de comorbidades - resultando em uma mortalidade muito alta entre receptores de transplante de rim com Covid-19. Além disso, mais pesquisas devem ser feitas para determinar qual o melhor tratamento para esse quadro, sendo que, atualmente, a melhor opção parece ser diminuir as doses de agentes imunossupressores prescrita e manter apenas esteroides como medicamentos anti-rejeição e não há consenso sobre o gerenciamento dos inibidores da calcineurina. Mais pesquisas devem abordar o fato controverso de que alguns imunossupressores - tacrolimus, micofenolato e sirolimus - apresentam potencial terapêutico para a COVID-19, o que teoricamente forneceria aos transplantados um fator de proteção - não condizendo com as estatísticas.
Databáze: OpenAIRE