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INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 levantou diversas preocupações em toda a população mundial. Uma das mais frequentes é a faixa etária mais atingida e os quesitos necessários para uma infecção aguda e letal pelo SARs-Cov-2. Apesar de todos os cuidados necessários para a prevenção do vírus há a aflição não só pelo contágio da doença mas também pelas possíveis sequelas adquiridas. Importantes questões levantadas a respeito do transplantado renal idoso indagam sobre as dificuldades divergentes para o combate da doença além dos danos permanentes ou crônicos futuros. OBJETIVOS: Descrever as complicações e evolução de pacientes idosos com transplante renal após a infecção por COVID. MÉTODOS: Trata-se de revisão sistemática da literatura, do último ano, na base de dados PubMed, com os descritores: “kidney transplantation AND COVID complications”. Foram encontrados 13 artigos, com os filtros “free full text; 1 year; humans”. RESULTADOS: Diante dos estudos revisados, observou-se uma limitação dos dados sobre COVID-19 em receptores idosos de transplante renal. Os artigos entraram em consenso sobre a importância da análise dos receptores de transplante de rins, como um apresentador do alto risco de infecção por SARS-CoV-2 e desfechos ruins. Os artigos trouxeram indivíduos com idade superior a 65 anos ou com doenças associadas, como doença cardíaca, respiratória, renal ou hepática, diabetes mellitus e imunossupressão, como os mais afetados pela síndrome aguda da angústia respiratória, além disso, um artigo defende que os receptores de transplante de órgão sólidos com COVID-19 apresentam maior risco de complicações de infecções virais respiratórias, em especial a influenza. Outro artigo apontou, para os pacientes que realizam diálise e os transplantados renais, como grupo de maior risco para a ocorrência de consequências letais. Três dos artigos considerados eletivos, que analisaram a faixa etária idosa, relataram sintomas, como febre, fadiga, tosse seca, dispneia, náusea, vômito e diarreia, como mais graves em pacientes transplantados do que em pacientes que não realizaram transplante renal. CONCLUSÃO: Ficou evidente que é necessário investir mais recursos e pesquisas nos casos de transplante renal e SARS-CoV-2 combinados, especialmente em pacientes idosos. Isso decorre de vários motivos, desde a inicial dificuldade de diagnóstico - receptores de transplante renal com Covid-19 tiveram menos febre como sintoma inicial do que o resto da população - ao desenvolvimento agressivo e rápido da SARS-CoV-2 nesses pacientes, o qual pode ser, ainda, agravado pela presença de comorbidades - resultando em uma mortalidade muito alta entre receptores de transplante de rim com Covid-19. Além disso, mais pesquisas devem ser feitas para determinar qual o melhor tratamento para esse quadro, sendo que, atualmente, a melhor opção parece ser diminuir as doses de agentes imunossupressores prescrita e manter apenas esteroides como medicamentos anti-rejeição e não há consenso sobre o gerenciamento dos inibidores da calcineurina. Mais pesquisas devem abordar o fato controverso de que alguns imunossupressores - tacrolimus, micofenolato e sirolimus - apresentam potencial terapêutico para a COVID-19, o que teoricamente forneceria aos transplantados um fator de proteção - não condizendo com as estatísticas. |