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Este artigo propõe-se conhecer as informações recebidas por mulheres durante o período gravídico-puerperal que reforçam a cultura do nascimento como um evento biomédico e que possibilitam a perpetuação da violência obstétrica. Colaboraram seis mulheres, as quais foram entrevistadas em seu domicílio, sendo suas falas gravadas e transcritas. Utilizou-se a análise temática de Minayo. As informações foram organizadas na categoria: “Público versus privado: percepções sobre os serviços de saúde”. Os relatos trouxeram elementos culturais que influenciaram as vivências das participantes, fossem como protetivos e de resistência aos maus-tratos. Concluiu-se que a vivência de gestar e parir parece sofrer influência dependendo da instituição e dos profissionais que participaram das trajetórias destas mulheres. O setor privado pareceu estar mais propenso a intervir nas experiências de parto, aumentando as intervenções e a atuação médica e diminuindo a autonomia das mulheres, enquanto o setor público, apesar de dificuldades na mudança de paradigmas, apresentou-se menos intervencionista e com maior potencial para mudanças. |