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O saber trazido pela experiência é um tipo de saber particular, ao mesmo tempo relativo, subjetivo e cheio de empirismo. Desta forma, ainda que duas pessoas enfrentem o mesmo acontecimento, não adquirem a mesma experiência. O acontecimento da experiência é único. Não se repete. É repleto de subjetividade e traz consigo as incertezas próprias do porvir. Esse ensaio tem o objetivo de apontar aproximações e distanciamentos entre a Teoria da Subjetividade e a Otobiografia, no tocante aos relatos de experiências de vida do professor dentro e fora do contexto escolar. Assim, para tentar refletir sobre essa questão, as autoras se propõem a pensar a profissão de fé do professor, considerando sua assinatura autobiográfica no ambiente da aula. A importância dessa experiência consolidada na formação, permite um mergulho no universo do “como se” daquele que exerce não só o trabalho performático de lecionar, mas é também afetado pelos acontecimentos, por suas idiossincrasias, suas experiências e sua maneira de se constituir social e historicamente. Para tanto, propõe-se uma revisão bibliográfica e em bases de pesquisas científicas, apoiadas especialmente em Jacques Derrida, Silas Monteiro e Philipe Lejeune para tratar sobre a Otobiografia e nas obras de Albertina Mitjáns Martinez, Fernando Luiz Gonzàlez Rey e Maristela Rossato, no que se refere à Teoria da Subjetividade. Dentre as considerações mais relevantes aponta-se a importância de valorizar as vivências e a subjetividade dos professores. Acredita-se que esse tipo de enfoque nos aproxima das humanidades. E essa é a alavanca que nos impulsiona a pesquisar. |