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O modelo econômico vigente tem promovido o desenho de paisagens rurais que alimentam processos de impacto ambiental. É um reflexo da história que vê sociedade e natureza como elementos distintos. A agricultura é considerada causa da destruição de ecossistemas em nome da intensificação agrícola-tecnológica. A região sul do Brasil se destaca como propulsora de iniciativas de implementação de sistemas produtivos biodiversos, como os Sistemas Agroflorestais. Especialmente na área de domínio do Pampa, destacada pelo uso inadequado do solo, há a necessidade de estudos que promovam sistemas produtivos restaurativos e aliem conservação da biodiversidade e geração de renda. Assim, existe a possibilidade de novos desenhos que incluam as atividades em curso pelos produtores familiares pampeanos em sistemas produtivos que promovam a permeabilidade da paisagem local. Nessa perspectiva, sob a base agroecológica do conhecimento local, a utilização de grupos de espécies nativas de retorno econômico é uma tecnologia estratégica à gestão da paisagem. Este estudo tem como objetivo analisar e refletir a partir da estrutura socioecológica do Bioma Pampa, soluções agroecológicas para a conservação e recuperação dos serviços ecossistêmicos do território pampeano. |
