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Os padrões atuais de gestão ambiental de rodovias impõem o compromisso do adequado destino e utilização dos materiais de construção e resíduos. Os materiais de fresagem de pavimentos asfálticos vem sendo incorporados na confecção de novos pavimentos. Ocorre que o material fresado muitas vezes é estocado sob a forma de pilhas diretamente sobre o solo visando à utilização futura ou ainda simplesmente aterrados. O presente estudo buscou verificar o potencial efeito ecotoxicológico de águas que entram em contato com este tipo de material. Foram testados cinco tipos de amostras, em ensaios de lixiviação por diferentes métodos, cujos líquidos foram postos em contato com o microcrustáceo Daphnia magna, a fim de avaliar a toxicidade aquática aguda, verificando-se sua imobilidade. As amostras foram caracterizadas quanto à sua distribuição granulométrica, massa unitária e teor de betume. Coletaram-se amostras em intervalos de tempo de 30, 60, 90 e 120 min de lixiviação, em regime de recirculação, a uma vazão de 30 L/h. Verificou-se que o método proposto pela ABNT NBR 10005:2004 foi mais eficiente na mobilização de poluentes das amostras, quando comparado ao aparato experimental de percolação em coluna. Conclui-se que os lixiviados originados a partir das amostras analisadas apresentam ecotoxicidade, com fatores de diluição que variaram de 16 a 32 vezes em amostras analisadas pelo método da ABNT NBR 10005:2004. Observou-se que mesmo amostras submetidas a longos períodos de intemperismo possuem característica ecotoxicidade, de modo que cuidados técnicos na estocagem e aterramento deste tipo de material são recomendados. |
