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Este artigo constitui uma reflexão sobre a articulação das noções de desigualdade, mobilidade cotidiana e moralidades. Interessa-nos investigar a ideia de que as práticas de mobilidade de determinados sujeitos não respondem apenas a uma posição já estabelecida de desigualdade económica e social, mas consideramos que as posições históricas em relações de poder desiguais combinam-se com estratégias, astúcia e modos de ação de atores subordinados. E embora a priori a mobilidade desses grupos sociais esteja associada às suas práticas econômicas, consideramos aqui que a mobilidade é constitutiva de suas vivências cotidianas e, consequentemente, afeta o modo de experimentação do espaço urbano. Nesse sentido, nos perguntamos como grupos sociais que compartilham experiências comuns são construídos e mantidos nos quais as mobilidades são centrais. Certos grupos sociais vivenciam algumas partes da cidade não de sua residência, mas do trânsito por elas. Através dos casos de coletores informais da cidade de Buenos Aires e de trabalhadores vinculados à construção e manutenção de novos empreendimentos imobiliários na periferia da cidade de Salta, nos interessa investigar as particularidades de sua mobilidade cotidiana, a Imaginários que isso gera sobre outros sujeitos sociais e seu papel na experiência que esses atores têm da cidade.ResúmenEste artículo constituye una reflexión en torno a la articulación de las nociones de desigualdad, movilidad cotidiana y moralidades. Nos interesa indagar sobre la idea de que las prácticas de movilidad de ciertos sujetos no responden únicamente a una posición de desigualdad económica y social ya establecida.. Más bien consideramos que las posiciones históricas en relaciones de poder desiguales se conjugan con estrategias, astucias y modos de acción de los actores subalternos. Y aunque a priori la movilidad de estos grupos sociales está asociada a sus prácticas económicas, consideramos aquí que la movilidad es constitutiva de sus experiencias cotidianas de vida, y que afecta en consecuencia a la forma de experimentación del espacio urbano. Nos preguntamos de qué forma se construyen y mantienen grupos sociales que comparten experiencias comunes en las que las movilidades son centrales. Ciertos grupos sociales experimentan algunas partes de la ciudad no desde la residencia, pero si desde el tránsito por ellas. A través de los casos de los recolectores informales en la ciudad de Buenos Aires y de los trabajadores ligados a la construcción y mantenimiento de nuevos proyectos inmobiliarios en la periferia de la ciudad de Salta, nos interesa indagar sobre las particularidades de su movilidad cotidiana, los imaginarios que esta genera respecto de otros sujetos sociales y su rol en la experiencia que estos actores tienen de la ciudad. AbstractThis article constitutes a reflection on the articulation of the notions of inequality, daily mobility and moralities. We are interested in investigating the idea that the mobility practices of certain subjects do not only respond to an already established position of economic and social inequality. Rather, we consider that historical positions in unequal power relations are combined with strategies, cunning and modes of action of subordinate actors. And although a priori the mobility of these social groups is associated with their economic practices, we consider here that mobility is constitutive of their daily life experiences, and consequently affects the way of experimentation of urban space. Along these lines, we ask ourselves how social groups that share common experiences are built and maintained in which mobilities are central. Certain social groups experience some parts of the city not from their residence, but from the transit through them. Through the cases of informal collectors in the city of Buenos Aires and workers linked to the construction and maintenance of new real estate projects in the periphery of the city of Salta, we are interested in investigating the particularities of their daily mobility, the Imaginaries that this generates regarding other social subjects and their role in the experience that these actors have of the city. |