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Nesse artigo procuramos problematizar as relações entre a produção da cidade formal e de subjetividades no espaço urbano, partindo dos conceitos de cidade torta, aberta e modesta, propostos por Richard Sennett em Construir e Habitar (SENNETT, 2018). Buscamos discutir a produção de paisagens de orlas urbanas em um contexto globalizado e, mais especificamente, as orlas da cidade de Porto Alegre. Iniciamos colocando os conceitos de ville e cité sennettiano, o desejo de cidade implicado na produção projetual da paisagem urbana e as relações com a experiência humana. Na segunda parte comentamos sobre a cidade torta, que se deforma e resiste à lisura, expondo outras formas de experienciar a urbe. A seguir, expomos a cidade aberta, explorando fenômenos sociais mais amplos, como a globalização pasteurizada da paisagem. Em um terceiro momento, invocamos a cidade modesta do fazer do Homo Faber que se orgulha de suas obras. Finalizamos deixando em aberto questões para serem retomadas na continuidade da pesquisa. |