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Este artigo objetivou analisar a radicalização e assunção dos sentidos materializados por discursos que traduzem o desejo de fazer calar, isto é, que reverberam a opressão. Considerando o sentido amplo do conceito de diálogo em Bakhtin, através de uma pesquisa exploratória, qualitativa e bibliográfica, correlacionamos enunciados produzidos em momentos distintos no Brasil pelo General Newton Cruz em 1983 e por Jair Bolsonaro em 2016 e 2020. Das conclusões possíveis, ressalta-se que a política opressora busca vetar a autonomia e a liberdade de expressão através da discursividade una e idêntica, reprimindo a palavra do outro; logo, manifesta-se um movimento de constituição da autoconsciência e da autoimagem que não escuta e desconsidera outros pontos de vista. |