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Desde o fim da Uniao Sovietica, a geopolitica e a politica externa dos paises capitalistas vem adquirindo novos eixos e representacoes; a economia internacional o desenvolvimento tecnologico e o surgimento de novos atores tiveram por consequencia a flexibilizacao da agenda internacional, pois os Estados passaram a reconhecer a relevância de novos temas e a necessidade de se pensar em alternativas para a superacao dos desafios politicos e economicos relacionados a globalizacao. Deste modo, os estudos culturais tornam-se mais uma fonte de ferramentas para o estudo das Relacoes Internacionais, especialmente para a compreensao das novas formas adotadas pelos paises em desenvolvimento e subdesenvolvidos para a insercao no sistema internacional, e uma dessas alternativas e a economia da cultura (criativa).Os grandes conglomerados da industria cultural podem levar a desarticulacao da producao cultural em paises nos quais nao ha incentivos suficientes para esse setor; nesse contexto, iniciativas que prezem pela preservacao cultural e pela interacao entre as diferentes identidades tem sido consideradas estrategicas para que o desenvolvimento tecnologico e a propria economia internacional tambem possam trazer beneficios tanto economicos quanto politicos aos paises subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Partindo-se dos principios construtivistas, pelos quais as acoes politicas e economicas sao consideradas tambem praticas culturais, o presente artigo tratara das influencias da globalizacao nas identidades e de uma das principais politicas culturais do Brasil, o programa Cultura Viva, e a articulacao entre tecnologia e diversidade cultural, neste caso o audiovisual em comunidades indigenas nacionais. |