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O objetivo deste estudo foi avaliar a importância da assistência pré-natal na profilaxia da transmissão vertical do HIV (TVHIV). Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo no Núcleo Perinatal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A população de estudo foi constituída por 323 gestantes HIV-positivo e seus bebês, que nasceram na maternidade no período de 2007 a 2018. As gestantes foram separadas de acordo com o momento do diagnóstico da infecção pelo HIV: Grupo 1: diagnóstico durante a gravidez e, Grupo 2: diagnóstico prévio à gravidez. Os dados foram coletados de registros hospitalares das gestantes e dos recém-nascidos. As variáveis utilizadas foram os dados da gestação, parto, puerpério e do acompanhamento do RN. Não houve diferença significativa quanto ao estado conjugal, cor e idade das gestantes. O início do pré-natal após o primeiro trimestre da gestação ocorreu em 64,1% do grupo 1 e em 43,8% do grupo 2. Das gestantes que descobriram o diagnóstico na gestação, 82,4% utilizaram TARV por mais de 4 semanas. Nos casos referentes aos recém-nascidos contaminados (1,2%), o número de consultas pré-natais foi < 6 em três dos quatro casos, somente uma das quatro mães utilizou a TARV pelo tempo necessário e a carga viral no terceiro trimestre foi superior a 1.000 cópias/mL em três casos e desconhecida em um caso. O pré-natal tem sido um momento significativo para o diagnóstico do HIV e início precoce da profilaxia da TVHIV, com bons resultados perinatais. |