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Introdução: Pessoas que trabalham ao ar livre podem receber uma dose de radiação UV seis a oito vezes maiores em relação àquelas que trabalham em locais fechados. Consequentemente, estão mais sujeitas ao aparecimento de lesões dermatológicas e labiais, como carcinomas epidermóides e possivelmente outras formas de câncer de pele. Objetivo: Avaliar a prevalência de lesões labiais de uma população de agricultores no Sertão Paraibano, investigando ainda possíveis associações da presença das lesões com variáveis sociodemográficas e epidemiológicas. Metodologia: A coleta de dados deu-se por meio do exame clínico dos lábios e entrevista. A amostra foi de 97 agricultores, a maioria homens, feodermas de idade acima de 60 anos, de ensino fundamental incompleto e com renda até um salário mínimo. Os dados da pesquisa foram estruturados em banco de dados Microsolft Excel 2013® onde incialmente foi realizada uma análise descritiva das variáveis qualitativas e quantitativas. Para a análise estatística, utilizou-se o software livre WinPepi for Windows 11.32. A associação entre as variáveis e a presença de lesões labiais foi verificada pelo teste Qui-quadrado e Teste de Mann-Whitney. Resultados: O boné foi a medida de proteção facial mais utilizada (70,9%). Dos pesquisados, 63,9% apresentavam lesão labial, sendo a queilite actínica a lesão mais encontrada com 42,5%. A faixa etária apresentou significância estatística com a presença de lesão labial (p= 0.005), assim como a cor de pele (p=0.0033), o tempo de exposição à radiação ultravioleta (p= 0.043) e o hábito de fumar (p=0.0013). Conclusão: A prevalência das lesões labiais é alta na população estudada, que pode ser associada tanto aos fatores ambientais da região, bem como ao avançar de idade, grande exposição à radiação ultravioleta e ao fumo. Assim, é importante incentivar trabalhos que visem à educação em saúde para a prevenção de lesões labiais, em especial às potencialmente malignas. Palavras-chave: Agricultor, Lábio, Radiação Solar. |