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Diverticulite é retratada como uma doença intestinal marcada pelo processo inflamatório na parede interna do intestino. Tal afecção colônica, a mais comum dentro das não neoplásicas, é considerada uma complicação clínica frequente, normalmente com curso não complicado da doença diverticular, de modo que afeta entre 10% a 25% dos pacientes com essa patologia. Estudos recentes têm evidenciado a relação do aumento da idade com a prevalência de diverticulose, ainda que, na atual conjuntura, também tem-se notado a incidência de diverticulite sintomática em pessoas cada vez mais jovens - entre 18 e 44 anos. A fisiopatologia da doença diverticular não é plenamente compreendida e pesquisas mostram que ela sofre a influência de diferentes fatores causais, tais como genética, obesidade, alterações estruturais, níveis de vitamina D, idade, atividade física, tabagismo, ingestão de fibras e medicamentos. Ainda que comumente se apresente como assintomática, essa doença pode em alguns casos apresentar manifestações inespecíficas, como dor ou constipação. Vale ressaltar que, dentre as manifestações clínicas, a mais frequente é a dor no quadrante inferior esquerdo do abdome. O diagnóstico é essencialmente clínico, ainda que exames laboratoriais, como o PCR, podem ser usados. O manejo terapêutico dessa afecção, principalmente em sua manifestação aguda, é feito em etapas, com auxílio dos critérios de Hinchey, segundo análise da gravidade da apresentação do quadro clínico, atentando-se às comorbidades e complicações que o paciente pode apresentar. Por fim, foi constatado que as complicações da diverticulite, tal qual abscesso, fístula, peritonite ou perfuração, frequentemente transcorrem, com exceção da fístula, no primeiro acontecimento da doença em comparação com episódios seguintes. |