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As pesquisas em psicologia têm se mostrado limitadas quanto ao público que representam em relação aos pesquisadores e aos pesquisados, o que pode produzir problemáticas consequências no trabalho com indivíduos e grupos multiculturais. Este trabalho teve como objetivo revisar na literatura possíveis interfaces do trabalho clínico voltado para populações multiculturais, principalmente no que diz respeito a grupos historicamente oprimidos, e propor uma ampliação do olhar do terapeuta no contexto das Terapias Comportamentais Contextuais, especificamente a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) por sua característica interpessoal que leva em conta tanto o comportar-se de clientes quanto do próprio terapeuta. Para tanto é realizada uma análise do conceito de lugar de fala da díade terapêutica, levando em consideração o modelo de competência cultural ADDRESSING, o qual apresenta dimensões associadas a identidades culturais específicas interseccionais relevantes para o trabalho com a multiculturalidade. O trabalho apresenta uma proposta de um novo olhar para uma formulação de caso, para que se possa levar em conta as diferentes culturas nas quais os clientes e terapeutas estão inseridos e, fundamentalmente, melhorar o atendimento em saúde mental de populações historicamente oprimidas. |