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INTRODUÇÃO: A síndrome respiratória aguda grave-coronavírus 2 (SARS-CoV-2), apresenta heterogeneidade clínica, a depender das singularidades dos indivíduos. As doenças reumatológicas, que cursam com alterações imunológicas, além de, necessitarem da terapia imunomodulatória para seu controle, acabam por influenciar na responsividade à infecção pelo SARS-CoV-2. Contudo, tal associação, bem como os fatores de risco e de gravidade, não estão claramente elucidados. OBJETIVO: analisar os fatores associados à infecção e à hospitalização de pacientes reumatológicos pelo SARS-Cov-2. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, que utilizou as bases de dados PUBMED, Science Direct e o Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), com os descritores “Covid-19”, “Rheumatic Disease” and "Immunosuppression". Foram selecionadas 11 produções científicas para compor esta revisão. RESULTADOS: Doença reumatológica não foi associada à maior suscetibilidade à infecção/hospitalização por SARS-Cov-2. Em relação aos fatores demográficos, a associação com o aumento do risco de adoecimento/internação por Covid-19 não foi convergente. As comorbidades foram apontadas como fator de maior propensão para a infecção viral, já quanto às drogas antirreumáticas, houveram divergências. CONCLUSÕES: Pacientes reumatológicos apresentaram suscetibilidade semelhante à infecção/hospitalização da população geral. A idade avançada e a presença de comorbidades são fatores associados ao risco aumentado de infecção grave e hospitalização por Covid-19. Quanto à terapia imunossupressora, pacientes em uso de Rituximabe ou de glicocorticosteróides de forma crônica, apresentam maior taxa de hospitalização e infecção grave por Covid-19, com aquele aumentando ainda o risco de morte. Já o uso de anti-TNF alfa apresentam efeito protetor. |