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O suicídio tem sido um problema de saúde pública e que envolve questões complexas e das mais diversas ordens: socioculturais, históricas, psicossociais e ambientais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o suicídio como uma prioridade de saúde pública. No boletim epidemiológico sobre o perfil das tentativas e óbitos por suicídio no Brasil, publicado em 2017, no período de 2011 a 2015, foram registrados 55.649 óbitos por suicídio no país. O município de Boa Vista tem destaque expressivo nos números de vítimas de autolesão e suicídio no cenário nacional. Diversos estudos têm demonstrado a complexidade dos atos de autoextermínio, os quais exigem um enfrentamento com políticas de abordagem ampla e multissetorial. Esse estudo objetivou saber de que forma a Rede de Atenção Psicossocial exerce o enfrentamento ao suicídio no município de Boa Vista, de modo a identificar seus equipamentos e serviços existentes, tendo o apoio estatístico do nível pré-hospitalar ao pós-hospitalar. Para a realização desse estudo se utilizou método descritivo e pesquisa bibliográfica. Identificou-se a base jurídica a nível federal responsável por fomentar as políticas de enfrentamento ao suicídio. Todavia, ficou clara a fragilidade da rede assistencial local, pela ausência de serviços assistenciais estratégicos. A análise dos relatórios estatísticos locais demonstrou um número expressivo de vítimas de autolesão e mortes decorrentes de suicídio, principalmente entre a população jovem, indo ao encontro das tendências mundiais e nacional, reforçando a urgência do tema. O estudo evidenciou uma necessidade de medidas mais eficazes para o enfrentamento ao suicídio e suas consequências. |