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Já aparecem no cenário mundial, casos de intersexuais no esporte de alto rendimento que vem brigando na justiça pelo direito de competir. No Brasil, a ex-judoca Edinanci Fernandes da Silva, durante sua trajetória esportiva, por apresentar uma condição intersexual, teve a violação de seu corpo e a espetacularização de sua vida como condições para permanecer no esporte. O motivo, em ambos os casos, seria o desconforto sociocultural com anatomias que divergem do padrão supostamente lógico de desenvolvimento sexual. Neste sentido, seja pela ambiguidade da designação sexual no nascimento de crianças intersexuais, ou pelo suposto “doping natural” de atletas com variações intersexuais, as motivações e as estratégias corretivas teriam um fundo comum. A partir dessas afirmações e dos recentes acontecimentos esportivos relacionados ao gênero e intersexualidade, o presente trabalho visou a investigar de que maneira a inserção e permanência do atleta intersexo no esporte de alto rendimento contribui para as novas formas de representação social desse sujeito na sociedade e como o esporte atua nesse processo. A pesquisa possui caráter qualitativo, exploratório e descritivo e tratou-se de estudo de casos. |
