USO DA TOXINA BOTULÍNICA COMO TERAPIA COADJUVANTE EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON, DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES E BRUXISMO

Autor: Maria Clara Cavalcante Gomes, Nathaly Bruna de Oliveira Silva, João Lucas Pessoa de Vasconcelos, Saulo Brivaldo Mendonça da Silva, Mariana Souza Bezerra Cavalcanti, Ana Bárbara Xavier da Silva
Rok vydání: 2021
Zdroj: Anais da XXVII Semana de Biomedicina Inovação e Ciência.
DOI: 10.51161/9786588884119/46
Popis: Introdução: A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pelo Clostridium botulinum, causador do botulismo, doença neuroparalítica grave(1,3). Esta, é uma proteinase de zinco que realiza a clivagem de proteínas associadas a vesículas neuronais, responsáveis pela liberação de acetilcolina na junção neuromuscular(1). A doença de Parkinson (DP), afeta significativamente a vida dos pacientes, alguns não respondem às opções terapêuticas aplicadas costumeiramente, prejudicando ainda mais essa situação(2). Ademais, disfunções temporomandibulares (DTMs) e bruxismo do sono (BS), são condições que prejudicam significativamente os pacientes, causando dores e movimentos mandibulares restritos(4). A utilização da toxina botulínica, é vista ligada principalmente a fins estéticos, contudo sua utilidade vai muito além disso. Objetivos: Este resumo possui como objetivo avaliar e correlacionar o uso da toxina botulínica à doença de Parkinson, DTMs e Bruxismo como uma possível alternativa terapêutica. Métodos: Foi realizada uma pesquisa de artigos científicos nas plataformas Pubmed e Sciencedirect, buscando por meio dos descritores “botulinum toxin AND parkinsonism, botulinum toxin AND bruxism”, onde foi encontrado os artigos utilizados. Resultados: O uso de toxina botulínica mostrou diversos benefícios quando avaliado em pacientes com DP, DTMs e BS. Isso foi evidente ao avaliar a sialorréia, que acomete 86% dos pacientes com DP, caracterizando a incapacidade de controlar as secreções orais, que após a aplicação da toxina botulínica nas glândulas salivares houve a inibição da transmissão colinérgica parassimpática e simpática pósganglionar, promovendo a diminuição da secreção salivar(2). Além disso, a disfunção urinária ligada a DP também mostrou bons prognósticos quando submetidos à aplicação da toxina, agindo no músculo detrusor podendo trazer benefício por até 6 meses(2).Em pacientes com DTMs e BS, submetidos a uma sessão de injeção da toxina nos músculos temporal e masseter, foi possível observar uma melhora considerável nos níveis de dor, como também nos movimentos mandibulares, avaliados no pós-operatório, em um, três e seis meses após o tratamento(4). Conclusões: Dessa forma, é possível concluir que o uso da terapia com toxina botulínica nos distúrbios de parkinsonismo, disfunções temporomandibulares e bruxismo tem uma grande importância terapêutica coadjuvante auxiliando de forma significativa no tratamento dos sintomas dessas síndromes. Porém, mais estudos são necessários para melhor compreender os mecanismos dessa toxina em cada síndrome, bem como buscar a padronização de doses nas mesmas, além de sua utilização em outras enfermidades.
Databáze: OpenAIRE