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Conhecer a apresentacao dos pacientes com lesao medular em termos de independencia funcional permite aos servicos de reabilitacao estruturarem-se para atenderem as demandas dessa populacao de forma mais eficiente. Com o objetivo de descrever tal padrao de funcionalidade, 150 relatorios de alta de pacientes com lesao medular de dois centros de reabilitacao no periodo de 2000 a 2003 foram consultados para obtencao de dados clinicos, demograficos e da medida de independencia funcional. Homens corresponderam a 72% da amostra, com media de idade de 33,8 ± 14,2 anos, sendo 21,3% dos casos devido a lesoes nao-traumaticas. Entre as lesoes traumaticas, 30,5% em nivel cervical, 52,5% toracicas e 17% lombares. O periodo medio de lesao foi de 22,6 ± 46,7 meses. No inicio do programa de reabilitacao, Escadas (11,2%) e Vestir a metade inferior do corpo (24%) foram as tarefas nas quais menos pacientes apresentavam independencia funcional, enquanto Alimentacao (68,4%) e Higiene pessoal (51,6%) apresentaram maior independencia. O periodo decorrido desde a instalacao da lesao esteve diretamente associado a ao valor da MIF motora no inicio da reabilitacao, confirmando a impressao clinica de que mesmo sem a orientacao profissional os pacientes com lesao medular desenvolvem algum grau de independencia funcional em virtude das necessidades enfrentadas no dia-a-dia. O atendimento de reabilitacao ao paciente com lesao medular deve ser o mais precoce possivel a fim de propiciar a aquisicao de melhor desempenho em menor tempo e de formas mais apropriadas, pois por vezes a independencia atingida faz-se as custas de comprometimento de seguranca ou maior custo energetico. |