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Indivíduos acometidos pelo acidente vascular encefálico (AVE) podem apresentar comprometimentos clínicos variados, com destaque, principalmente para comprometimentos motores, sensoriais e cognitivos. Tais disfunções podem ser beneficiadas com a utilização da terapia baseada na música (TBM), ainda pouco estudada sistematicamente. O objetivo desta revisão foi analisar a evidência de ensaios clínicos sobre a efetividade da TBM como método terapêutico na abordagem de disfunções motoras e cognitivas decorrentes do AVE. Foi realizada uma revisão sistemática seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses (PRISMA), com consulta nas bases de dados Cinahl, Cochrane, Ebsco Psychological & Behavioral, Embase, Eric, Google scholar, Bireme (Lilacs, Medline, Ibecs, Scielo), Biosis, Library and Information Science Abstracts – LISA (ProQuest), PEDro, PsychInfo, Pubmed, Scopus e Web of Science. Resultados: Foram encontrados 2226 estudos e selecionados 4. A qualidade metodológica dos estudos selecionados foi elevada com pontuação na escala PEDro ≥ 7 pontos. Foi evidenciado que a TBM promove melhora da marcha (aumento de velocidade, cadência, comprimento de passo e passada) e melhora do equilíbrio. Não houve consenso se a TBM é efetiva na função motora específica de membros superiores e inferiores (atividades funcionais). Apenas um estudo evidenciou melhora da função cognitiva demonstrando redução do tempo para conclusão de tarefas. Conclusão: A TBM é efetiva na motricidade e cognição de indivíduos após o AVE, entretanto é necessário a realização de novos estudos com um maior rigor metodológico e métodos mais padronizados para generalização dos dados a indivíduos pós-AVE nos mais variados espectros clínicos. |