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Este trabalho pretende refletir acerca de um modo específico de bricolagem, a gambiarra, em seus entrelaçamentos com: a) processos estético-políticos de constituição da autorrealização e autonomia dos sujeitos; b) uma poética do conhecimento que se serve da bricolagem para libertar linguagens, corpos e objetos de roteiros e scripts valorativos que engessam o olhar e impedem questionamentos e resistências. Aborda-se primeiramente a relação entre a construção da autonomia e a bricolagem através do modo como a gambiarra define modos de fazer e viver em Cuba. Em seguida, se analisa como, nas manifestações dos secundaristas em 2015, a bricolagem permitiu variar as formas dos enunciados existentes e reinventar suas coordenadas de enunciação, libertando palavras, imagens, signos de suas funcionalidades habituais. |