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Neste artigo, investigamos as estratégias e medidas práticas que Luigi Fantappiè, membro da Missão Italiana que ajudou a organizar as seções de matemática e física da Universidade de São Paulo, na década de 1930, utilizou para dar início à formação de professores e pesquisadores de matemática de maneira distinta e autônoma em relação aos cursos de engenharia. O eixo condutor desse trabalho será um relatório escrito por Fantappiè em 1939 para o diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), quando do seu retorno à Itália, também enviado para o governo italiano. O relato de Fantappiè foi cotejado com depoimentos de seus ex-alunos, produzidos anos após os tempos de FFCL, e também com documentos administrativos da época. O quadro que se apresenta, após esta leitura cotejada, é que a profissionalização e autonomia das matemáticas em relação às engenharias não se deu abruptamente quando da fundação da Universidade de São Paulo, mas por meio de um longo processo conflituoso do qual Fantappiè foi um dos personagens-chave. |
