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Considerando as situações vivenciadas face aos desastres naturais e a insegurança gerada pelos factores de risco em Moçambique, este artigo busca responder a questão: Qual é a importância da comunicação de risco na gestão dos desastres naturais em Moçambique? Discute-se o risco de desastres naturais como uma das principais preocupações das instituições ligadas à gestão de desastres naturais, a gestão de risco e a relação com a comunicação para a compreensão da comunicação de risco. Diante disso, objectivo geral é analisar como as práticas da comunicação de risco de desastres naturais se revelam no contexto moçambicano, incluindo a construção, implementação e importância de sistemas de informação e comunicação sobre o risco de desastres naturais em Moçambique. Para a materialização dos objectivos optou-se pela abordagem qualitativa aplicando o método de revisão bibliográfica da literatura científica sobre riscos, vulnerabilidade, desastres naturais, comunicação do risco incluindo pesquisa em documentos que tratam de matéria ligada a gestão de desastres naturais na República de Moçambique. Realizado o trabalho, os resultados mostram que a comunicação do risco de desastres naturais pode ser efectuada de forma escrita (jornais, cartas, relatórios, panfletos, etc.); verbal (conversas, apresentações, debates, etc.) ou não-verbal/ visual (filmes, gráficos, linguagem gestual, expressões faciais, entre outras). Os canais de comunicação ou são directos (face-to-face) ou indirectos (mediados) e actualmente são aplicados na comunicação do risco de desastres os Sistemas de Informação Geográfica. Moçambique possui um sistema de comunicação de riscos de desastres naturais dirigido pelo Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD), que funciona em conexão com o Instituto Nacional de Meteorologia, com as comunidades locais e com a comunicação social. A comunicação do risco de desastres naturais assume hoje importante papel na gestão dos desastres naturais com várias finalidades e funções ao longo do ciclo do desastre, designadamente a prevenção/ preparação, aviso, intervenção e recuperação e, idealmente, deve abranger todos os processos de gestão do risco, desde a formulação do conhecimento, à decisão e implementação de acções. |