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Subsidiados por um processo de pesquisa cartográfico, narramos, neste manuscrito, os fluxos afetivo-relacionais e algumas descobertas didático-pedagógicas, artísticas, científicas, filosóficas e subjetivas que tem arquitetado o coletivo acadêmico antissorofóbico positHIVes. Este se consolida como um espaço de reflexões, produções e artivismos sobre a complexidade que engendra o HIV e a AIDS a partir de ações de ensino, pesquisa e extensão vinculadas ao curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas. Essa consolidação tem sido ancorada em processos marcados por exercícios pós-disciplinares de ensino e aprendizagem, como, por exemplo, a criação de dramaturgias autoficcionais agenciadas pelo analisador-tema do grupo, cujas performances têm possibilitado leituras baseadas tanto na subjetividade dos participantes quanto em registros históricos e biopsicossociais que constituem o complexo HIV/AIDS. Tais práticas têm potencializado relações mais horizontais entre docentes e discentes, um fazer teórico que explicita a dialética entre saberes tipicamente acadêmicos (alta teoria) como outros ora classificados como baixa teoria, resultando em um movimento engajado e socialmente referenciado. Ainda, nossa trajetória tem sido marcada pela descoberta de referenciais relacionados à pedagogia radical, ao materialismo queer/cuir/kuir, na teoria queer/cuir/kuir, assim como inspirada no percurso de artistas, intelectuais e coletivos que militam sobre a questão do HIV/AIDS. Por fim, este manuscrito deve ser compreendido como uma abertura de processo, vislumbramos horizontes e alternativas, sem pretensão em esgotar nossas temáticas. |