Infâncias e pandemia do coronavírus: sentimentos e percepções de meninas e meninos escolares

Autor: Andrielle Sisneiro de Souza, Adriana Barni Truccolo
Rok vydání: 2022
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Zdroj: Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. :184-203
ISSN: 2448-0959
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/infancias-e-pandemia
Popis: A pandemia do coronavírus levou à interrupção da rotina nas escolas e ao isolamento e confinamento sociais de milhares de crianças, desvelando diferentes infâncias em diferentes contextos e culturas, aflorando vulnerabilidades e desigualdades, e impactando no desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança. Diante desse cenário elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais os principais sentimentos e percepções de crianças escolares sobre o distanciamento social durante a pandemia da COVID-19? Objetivou-se compreender como meninas e meninos, na faixa etária entre oito e doze anos, vivenciaram e perceberam o distanciamento social ampliado imposto pela pandemia do Coronavírus, no ano de 2020. Pesquisa com abordagem quantitativa transversal, realizada em 16 escolas da rede pública de ensino com 363 crianças, sendo 177 meninas (10,9 ± 1,18 anos), 182 meninos (10,9 ± 1,20 anos) e quatro crianças que não identificaram o gênero. Os dados foram coletados via questionário eletrônico, e a análise descritiva das variáveis qualitativas organizadas em gráficos e tabelas de frequências pontuais. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética com registro CAAEE44380221.8.0000.8091. Os resultados mostraram que os sentimentos e emoções mais frequentes despertados na criança durante o período de distanciamento social ampliado foram: tristeza, nervosismo e chateação. As crianças referiram ter sentido falta da escola, em especial dos colegas, de estar em sala de aula com “todo mundo” e da professora, mencionando aprender mais indo para a escola do que estudando em casa. Ficar em casa, seguido de medo de pegar o vírus e o uso de máscara foram as situações que mais deixaram as crianças aborrecidas. Sair sem máscara, seguido de sair com os amigos e passear foram apontados como sendo o que as crianças gostavam de fazer antes da pandemia e que não podiam fazer no período de isolamento. Conclui-se que o isolamento trouxe profundas mudanças na rotina das crianças, afetando não somente os estudos, mas praticamente todos os aspectos de suas vidas.
Databáze: OpenAIRE