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O rim em ferradura consiste na má formação congênita de fusão renal de maior frequência, com ocorrência média de 0,25%da população, sendo duas vezes mais frequente no sexo masculino. Ademais, cursa com numerosas variações anatômicas associadas, principalmente no que tange a sua vascularização. Foi realizado um estudo de trabalhos nacionais e internacionais, visando identificar casos clínicos descritos sobre a condição estudada e correlacioná-los com a macroscopia da peça cadavérica exposta. O estudo visa relatar o achado de um Rim em Ferradura no Instituto de Anatomia da Universidade de Vassouras e correlacioná-lo com a clínica, objetivando atualizar profissionais e estudantes da área médica quanto à suas repercussões clínicas e cirúrgicas. Foi avaliado um Rim em Ferradura que possui medidas de 28cm de comprimento total (40% acima do normal), 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura, ambas consideras dentro do padrão de normalidade. O hilo renal está situado mais anteriormente que o normal e foi identificadas duplicação e dilatação das veias renais de cada lado. Observou-se também a compressão da artéria aorta abdominal e da veia cava inferior, posteriormente ao local de fusão dos rins. Além disso, há expressiva impressão da artéria mesentérica inferior sobre o parênquima renal que limitou a ascensão do órgão. Portanto, variações renais podem expressar uma influência significativa na predisposição a enfermidades, curso da doença, alterações nos exames clínicos e em exames complementares. Portanto, os cirurgiões e clínicos que possuem conhecimento prévio da anomalia podem minimizar iatrogenias cirúrgicas e minimizar sintomas. Palavras- chave: Rim em ferradura; Aorta abdominal; Tumor de wilms. |
