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Introdução: Plantas daninhas causam prejuízos a outras culturas desejadas ou cultivadas, causando perca de rendimento, aumento de custo de produção e surgimento de doenças. Um exemplo de planta indesejada, é a Melochia pyramidata L., presente nos períodos de seca, pois as partes aéreas da planta contêm Melochinina, do grupo dos alcalóides piridínicos e causam paralisia dos membros posteriores, braquicardia, hipotensão, fotofobia acentuada, constipação severa e morte no gado. Uma das formas de controle dessas plantas, é a utilização de herbicidas químicos, entretanto já se é conhecido uma série de problemas ambientais sobre seu uso e a busca de alternativas mais naturais é cada vez mais crescente. As plantas do gênero Croton possuem constituintes ativos como terpenóides, flavonóides e alcalóides, se mostrando promissora no controle de plantas indesejadas. Objetivos: O objetivo foi identificar efeitos alelopáticos do hidrolato de Croton jacobinensis Baill. na germinação de sementes de M. pyramidata L. Material e Métodos: O trabalho teve início 16/10/2020 no Laboratório de Ecologia da Universidade Estadual do Ceará. Material e métodos. Utilizou-se 1.200 g de folhas verdes de C. jacobinensis Baill. dos quais extraiu-se o hidrolato e óleo essencial obtidos pela técnica de Destilação por Arraste a Vapor de Água. Resultados: Para analisar o efeito alelopático foram utilizadas 300 sementes de M. pyramidata L. escarificadas com lixa d’agua P80 e higienizadas com hipoclorito 5%, divididas em 12 placas de Petri, com dois papeis filtros cada, umedecidos com 3 ml de hidrolato nas concentrações de 0% (Tratamento 1, controle), 50% (Tratamento 2), 100% (Tratamento3), com quatro repetições cada e mantidas em uma câmara de germinação (tipo B.O.D.) a 25oC e em dois fotoperíodos distintos (12 e 12 h/luz) os resultados analisados foram a porcentagem de germinação e o IVG (índice de velocidade de germinação), comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Dez dias após a semeadura, os resultados obtidos da germinação em porcentagem, foram T1: 56%, T2: 42,6%, T3: 38,6. E no IVG, foram T1: 2,75, T2: 1,69, T3: 1,67. Conclusão: A conclusão do trabalho mostra que apesar dos tratamentos com hidrolato apresentassem menor porcentagem de germinação, estatisticamente não houve diferença significativa do efeito alelopático no IVG. |