Pancreatite aguda: fisiopatologia, achados imagenológicos, manifestações clínicas e diagnóstico

Autor: Francisco Edes da Silva Pinheiro, Bárbara Queiroz de Figueiredo, Paulo da Costa Araújo, Camilla Ariete Vitorino Dias Soares, Cobias Amorim Ghidetti, Felipe Vasconcelos do Carmo, Gustavo Galvão de Barros, Hygor Regadas Barros Souza, Jaçone Pereira Santiago Martins, Jordana Ferreira de Brito
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development. 11:e427111234811
ISSN: 2525-3409
DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34811
Popis: A pancreatite aguda é um processo inflamatório do pâncreas que ocorre de maneira súbita. Na pancreatite, as enzimas digestivas, que deveriam ser liberadas no trato digestivo, acabam por danificar o próprio pâncreas e outros órgãos adjacentes, ao provocar uma autodigestão tecidual. Existem muitas causas de pancreatite aguda. A maioria dos casos é secundária a doenças biliares, como litíase biliar (incluindo microlitíase), ou ingesta excessiva de álcool (sendo esses responsáveis por 80 a 90% dos casos). O principal sintoma de pancreatite aguda é a dor abdominal, sendo que essa manifestação clínica é de grande variabilidade e pode se apresentar como um desconforto leve e autolimitado a um sofrimento intenso, constante e incapacitante. Nos casos típicos, a dor irá se localizar no epigástrio e na região periumbilical, podendo apresentar irradiação para o dorso, tórax, flancos e partes inferiores do abdome (dor intensa, em faixa, com irradiação para o dorso). Além disso, alguns sinais cutâneos podem ser observados, como o Sinal de Grey-Turner, Sinal de Cullen, Paniculite e Sinal de Fox. O diagnóstico de pancreatite aguda é definido pela presença de pelo menos duas das três características primárias, sendo elas apresentação clínica, alterações nos exames laboratoriais, e alterações nos exames de imagem. Os exames laboratoriais consistem na análise dos níveis de amilase e lipase sérica. Dentro de poucas horas após o início dos sintomas, ocorre o aumento dos níveis dessas enzimas. Aumentos superiores a 3 vezes o limite superior dos níveis normais dessas enzimas são o teto recomendado para o diagnóstico. Ademais, os exames de imagem que podem ser solicitados são ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Databáze: OpenAIRE