| Popis: |
Introdução: As amilases são enzimas amilolíticas que hidrolisam as ligações glicosídicas do amido. O amido é um dos polissacarídeos mais importantes da natureza, encontrado em quase todos os órgãos vegetais como reserva energética. Muitos substratos contendo amido estão disponíveis a partir de fontes vegetais baratas, tornando as aplicações da amilase mais abundantes em termos de custo. As amilases correspondem a 25% do mercado global de enzimas e possuem diversas aplicações na indústria. Os fungos filamentosos são os microrganismos mais promissores para a produção de enzimas. A Fermentação em Estado Sólido (FES) é um método de cultivo de microrganismos que permite o aproveitamento de resíduos sólidos agroindustriais como substratos para a produção de compostos de interesse industrial. Objetivo: Por isso, objetivou-se padronizar condições ideais de cultivo de um isolado fúngico do gênero Aspergillus para a maior produção de amilase. Material e Método: Foram testados diferentes substratos como fonte de carbono para o crescimento do microrganismo, diferentes suplementações com fontes de nitrogênio e carbono, em diferentes temperaturas. Inicialmente, os meios de cultivo foram mantidos durante 4 dias à 30 °C em estufa, em seguida foi determinado a melhor temperatura de crescimento do fungo. A atividade enzimática foi determinada pelo método do ácido 3,5-dinitrosalicílico (DNS) a partir da liberação de açúcares redutores. Resultados: Observou-se que a quirera de arroz foi a melhor fonte de carbono para a atividade enzimática da amilase (181,10 ± 0,20 U/ mL). Além disso, a suplementação com 1% de torta de óleo de amêndoa aumentou a atividade enzimática em 40% (299,83 ± 0,5 U/ mL). A quirera de arroz é um resíduo gerado pela etapa de beneficiamento da indústria do arroz. Já, a torta de óleo de amêndoa é um resíduo gerado pela prensagem do fruto da macaúba para a produção de óleo a partir da amêndoa (semente). Conclusão: Ambos os agroresíduos são de fácil obtenção, baixo custo e podem ser usados como substratos para a produção enzimática. Esses testes evidenciam que este novo isolado de Aspergillus consegue em condições mínimas de cultivo, produzir quantidades de amilase que podem ser estudadas e avaliadas para aplicações biotecnológicas. |
