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Objetivo: Explorar quais foram os impactos gerados pelo GP Brasil de Fórmula 1 para a cidade de São Paulo no período de 2015 a 2019.Metodologia/abordagem: Qualitativa e exploratória. Analisamos documentos como relatórios publicados pela Prefeitura de São Paulo e pela empresa promotora do evento, bem como informações divulgadas em veículos de comunicação. Também conduzimos entrevistas com os seguintes interlocutores: a vice-prefeita da cidade de São Paulo na época e o diretor da empresa municipal responsável pela gestão do Autódromo de Interlagos, a CEO da empresa promotora e organizadora do evento no Brasil, um jornalista esportivo e um morador do bairro de Interlagos, região onde se localiza o Autódromo.Originalidade/Relevância: Os Grande Prêmios de Fórmula 1 são utilizados por governantes como instrumentos de desenvolvimento e de promoção da imagem de suas sedes em nível internacional. Entretanto, ainda são incipientes os estudos acadêmicos sobre os impactos deste tipo de megaevento para suas cidades sedes.Principais resultados: O GP Brasil gerou os seguintes impactos para a cidade: econômicos (recursos públicos investidos, geração de empregos temporários, melhora na venda de alguns serviços como hospedagem e alimentação e oportunidades para negócios entre empresas), físicos (modificações na estrutura de trânsito e manutenção de vias de acesso ao Autódromo) e socioculturais (sensação de orgulho dos moradores e aumento de insegurança na região do Autódromo).Contribuições teóricas/metodológicas: Os resultados desta pesquisa sugerem que a realização de megaeventos pode ter impactos positivos quando ocorrem na mesma cidade ao longo dos anos, pois geram a possibilidade de reutilizar recursos pré-existentes e desenvolver conhecimentos e habilidades por parte de governantes e seus organizadores. |