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Os discursos assepsistas tinham a ambição de tentar mudar os destinos da cidade do Salvador, a partir da promoção do encaminhamento para o progresso inexorável. A ideia de progresso sob essa perspectiva aparece como um mito renovado por um aparato ideológico novo e que estava interessado em convencer que a história tem destino certo e glorioso. Este aparato era o científico, e, quem dentro do escopo destes conhecimentos mais absorveu polêmicas, foi sem sombra de dúvidas 2 cadeiras da Faculdade de Medicina da Bahia. Quais sejam: a Cadeira de Higiene e Cadeira de Medicina Nervosa/Neurologia que, em um período de 60 anos (de 1870 a 1930), são as responsáveis por 42% da produção acadêmica da mencionada instituição. Mantendo relações compromissos inequívocos com os modelos evolucionistas, tais discursos, tais produções, impuseram-se na qualidade de teorias que forneciam as justificativas teóricas mais amplamente aceitas para acolher as práticas imperialistas de dominação. Na realidade, tanto o Higienismo, quanto a Medicina Cirúrgica ou Medicina Nervosa/Neurologia instituem interesses na formação de uma nova imagem para o Brasil, que deveria apresentar-se, a partir da ruptura com o modelo de desenvolvimento escravista, como um espaço geográfico moderno, industrioso, civilizado e científico. |