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A “Guerra” por rotas de tráfico de drogas desencadeou no Brasil ondas de violência em locais, onde os índices de criminalidade eram relativamente baixos. Estados que nunca tinham enfrentado ataques às suas instituições de segurança pública se depararam com essa nova realidade e para dar uma resposta passaram a se organizar a fim oferecer controle ao novo cenário. Uma das realidades atacadas foi a do Estado do Acre, vários ataques foram realizados contra agentes de segurança pública e instituições, fato que exigiu das forças policiais um novo posicionamento frente as novas ameaças. Para oferecer um modelo de gestão de segurança, a Polícia Militar na Microrregião do Vale do Juruá adotou metodologias de análise de ocorrências, reorganizando o efetivo, instalando uma seção de inteligência, estímulos ao efetivo policial, melhorando as condições de trabalho e o nível de treinamento da força convencional dedicada ao atendimento de ocorrências rotineiras e o patrulhamento ostensivo, oferecendo maior segurança durante o serviço, e criando unidades especializadas que seriam focadas no combate ao crime organizado. Esse modelo adotado, gerou reduções significativas no número de crimes violentos (Homicídios e Tentativas de Homicídio), onde por meio de análise de dados e informações de inteligência, o policiamento foi reorientado e posicionado em pontos de maior incidência de crimes. Apesar da redução de crimes violentos, o número de roubos aumentou e o emprego de armas de fogo nesse delito se tornou comum, trazendo outros desafios, mas nos indicando que a atividade criminosa tende a migrar sempre de um ato delituoso para outro, sendo necessário versatilidade das forças de segurança na criação de metodologias de combate ao crime. |