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Apesar dos avanços nos métodos diagnósticos e na abordagem terapêutica, os mecanismos que dão base às diferenças entre os gêneros com relação às respostas imunes e hormonais induzidas pela sepse ainda são insuficientemente compreendidos. Trata-se de um estudo retrospectivo longitudinal, observacional, com análise quantitativa de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva com o diagnóstico de Sepse entre janeiro-2016 e dezembro-2017 em um Hospital Terciário do Distrito Federal. Os pacientes foram divididos em 2 grupos com base na idade, sendo o primeiro grupo (Grupo 1) composto por pacientes entre 18 e 50 anos e o segundo grupo (Grupo 2) composto por pacientes com mais de 50 anos. Os subgrupos foram caracterizados em relação aos aspectos epidemiológicos, foco infeccioso, tempo de internação em UTI, escore APACHE-II e taxa de mortalidade. Foram incluídos no estudo 305 pacientes, sendo 69 entre 18 e 50 anos e 236 com mais de 50 anos. O grupo 1 foi composto por 29 homens e 40 mulheres, já o grupo 2 foi composto por 106 homens e 130 mulheres. No grupo 1, não houve diferença com significância estatística no Escore APACHE-II e no tempo de internação em UTI. Nesse grupo a taxa de mortalidade foi maior no gênero masculino com significância estatística (p 0,020). No grupo 2, o tempo de internação em UTI foi maior no gênero masculino (p 0,020). Não houve diferença no escore APACHE-II e na taxa de mortalidade nesse grupo. Conclui-se que, em nossa amostra, a taxa de mortalidade em pacientes entre 18 e 50 anos foi maior no gênero masculino. Todavia, essa diferença não foi observada no grupo com mais de 50 anos. |