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Introdução: O vírus da COVID-19 surgiu em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, desde então, a sua rápida disseminação e as mortes em todo o mundo levaram à declaração de pandemia. Os profissionais de saúde constituem um dos principais grupos de risco por estarem expostos diretamente aos pacientes infectados, o que faz com que recebam uma alta carga viral. Objetivo: realizar uma revisão de literatura acerca dos fatores relacionados à elevada contaminação dos profissionais de saúde envolvidos diretamente no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Métodos: realizadas buscas no PubMed/MEDLINE, Scielo e BIREME/LILACS, utilizando como descritores (“health professionals” AND “COVID-19” AND “ contamination”) pesquisados no DeCS e no Mesh. Resultados: pesquisas da FIOCRUZ indicam que 43,2% dos profissionais de saúde no Brasil não se sentem protegidos no trabalho de enfrentamento da Covid-19, e o principal motivo, para 23% deles, está relacionado à falta e à inadequação do uso de EPIs (64% revelaram a necessidade de improvisar equipamentos). Os participantes da mesma pesquisa também relataram o medo generalizado de se contaminar no trabalho (18%), a ausência de estrutura adequada para realização da atividade (15%), além de fluxos de internação ineficientes (12,3%). Além disso, o despreparo técnico dos profissionais para atuar na pandemia foi citado por 11,8%, enquanto 10,4% denunciaram a insensibilidade de gestores para suas necessidades profissionais. Conclusão: Dessa forma, o cuidado com a saúde dos profissionais atuantes nos ambientes hospitalares é fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário disponibilizar EPIs e adotar protocolos de controle de infecções que sejam aderidas e utilizáveis. |