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O objetivo deste estudo foi descrever e analisar se existe diferença na percepção sobre acesso ao sistema de atenção primária à saúde bucal entre homens e mulheres. Utilizou-se a abordagem qualitativa e a técnica grupos focais. Os participantes do estudo foram adultos residentes no território de uma unidade de saúde da família do Recife (USF). Foram realizados 2 grupos focais, o primeiro sendo composto por mulheres e o segundo por homens. As falas dos participantes foram gravadas, transcritas e avaliadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2001). Foram observadas diferenças de perspectivas entre homens e mulheres em relação ao conceito de acesso e sobre a organização de funcionamento da USF. Os homens conceituaram acesso como sendo a resolução do problema e enfatizaram a necessidade de outros horários de atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS), já as mulheres, conceituaram como sendo acolhimento, agilidade de marcação da consulta e na organização, o problema de agendamento. Ambos os grupos identificaram que a utilização efetiva dos serviços odontológicos foi a maior dificuldade encontrada pelos usuários da atenção primária em saúde bucal. Os entrevistados destacaram a importância da organização popular para garantir o direito ao acesso aos serviços de saúde bucal. |