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O processo de produção dos óleos lubrificantes, derivados do petróleo, disponíveis para comercialização acarretam problemas ambientais desde a sua extração até o descarte. Neste cenário, nas últimas duas décadas, centenas de pesquisadores tem buscado soluções ambientalmente corretas para substituição destes fluidos (Nagendramma e Kaul, 2012). Neste contexto surgiram os biolubrificantes, geralmente derivados de bases vegetais ou animais que tem como vantagem serem de fonte renováveis e biodegradáveis. Este artigo avalia a capacidade de lubrificação dos óleos de coco babaçu (Orbignya Phalerata Mart) e de andiroba (Carapa Guianensis Aubl) por meio de ensaio de desgaste de um disco contra um bloco submetido a uma força constante. Os parâmetros monitorados durante os ensaios foram: o perfil de crescimento de temperatura na região de contato, a perda de massa e a taxa de desgaste dos discos. A fim de gerar comparação foram ensaiados também óleos minerais. Os resultados mostram que o óleo de andiroba apresenta perfil de crescimento de temperatura superior ao do óleo LUBRAX TURBINA PLUS 46 sugerindo menor capacidade de lubrificação, enquanto que o ensaio com óleo de coco babaçu apontou crescimento do perfil de temperatura similar ao LUBRAX HYDRA XP 32. As taxas desgaste dos óleos de coco babaçu e andiroba foram maiores se comparadas às taxas geradas pelos óleos LUBRAX HIDRA XP 32 e LUBRAX TURBINA PLUS 46 em 25% e 38,65%, respectivamente. A partir dos resultados alcançados é possível dizer que o desenvolvimento de lubrificantes a base de óleos vegetais é promissor, embora seja necessário o desenvolvimento de metodologias de aditivação para aumentar a suas capacidades de redução de desgaste. |