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O presente artigo objetivou analisar as pesquisas publicadas até o momento sobre os sintomas neurológicos da Covid-19 e apresentar os principais resultados observados, de modo a propiciar o maior entendimento sobre a ampla dimensão da doença e, assim, contribuir para que a identificação dessa sintomatologia ocorra em tempo hábil. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, norteada por artigos científicos indexados nas bases de dados Google Acadêmico, National Library of Medicine (PubMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), entre os anos de 2020 e 2021. Para tanto, foram utilizados os descritores “manifestações”, “neurológicas”, “Covid-19” e seus respectivos correspondentes em inglês e espanhol. Na literatura, faltam conclusões definitivas sobre o tempo de início de manifestações da neuro-Covid, bem como quais são aquelas de maior gravidade. Além disso, o prognóstico desta condição permanece incerto. Sobre a sintomatologia frequentemente relatada, observou-se predomínio de acidente vascular encefálica (6,0% - 74,0%), cefaleia (9,0% - 72,0%), disgeusia (5,6% - 41,0%), anosmia (5,1% - 41,0%), alteração do nível de consciência (31,0% - 39,0%) e convulsão (5,0% - 29,7%). Síndrome de Guillain-Barré, meningite e mielopatia foram diagnósticos incomuns. A identificação inicial de disfunções neurológicas é proveniente da anamnese e do exame físico corretamente executados, e, firmado o diagnóstico, o correto manejo do paciente torna-se essencial, sendo que, embora não exista tratamento específico para a sintomatologia neurológica, medidas de suporte e determinadas terapias farmacológicas têm sido adotadas para o cuidado dos enfermos. |